Escolhendo os Melhores Ativos e Potencializando Seu Portfólio de Investimentos
Agora, é hora de você investir em ações, REITs, ETFs, FIIs, etc. Chegou a hora de “encher a cesta”, mas... Por onde começar? Este guia prático e direto ao ponto, mostra os critérios essenciais para identificar boas oportunidades no Brasil e no Exterior. Aprenda como construir um portfólio diversificado e sólido, mesmo se estiver apenas começando sua jornada como investidor. Não deixe seu futuro financeiro esperar!
Augusto Pastorelli
11/30/20245 min read
Investir em ativos diversificados como ações, REITs, ETFs e FIIs pode ser uma maneira eficaz de construir um portfólio sólido e equilibrado, mas não basta fazer um ajuntamento de ativos na sua carteira e esperar o tempo passar. É importante você entender que deve estudar as empresas ou fundos através de relatórios financeiros, sites de análise e opiniões de especialistas, pois analisá-los não é uma tarefa tão simples quanto parece.
Investir nesses ativos envolve um risco considerável, e a diversificação certamente vai ajudar a diminuí-lo. Combinar diferentes ativos vai mitigar os riscos, mas é necessário criar uma carteira apenas com a quantidade que você vai conseguir acompanhar com frequência. Acompanhar o Mercado é outro ponto muito importante; então, atualize-se sobre mudanças econômicas e políticas que possam afetar seus investimentos através de fontes confiáveis, sem paixões ou ideologias que possam nublar a visão das suas análises. Guarde suas visões políticas para outro momento, e não os deixe influenciar nos resultados das suas análises.
Um disclaimer necessário: os ativos citados nesse artigo do CONSCIENTE FINANCEIRO são apenas exemplos, e não são recomendações de investimentos. Agora sim, confira informações básicas e práticas para começar a fundamentar suas escolhas nesses mercados.
1. Escolhendo Ações
Como você já sabe, ações são “partes” de uma empresa, que você adquire quando compra sua unidade ou fração. No Brasil, você só pode comprar a unidade da ação, enquanto nas bolsas americanas você pode adquirir frações dessas unidades. Há uma série de dados que você deve levar em conta quando for escolhê-la, mas alguns deles são indispensáveis.
Quanto ao Setor e Potencial de Crescimento, é necessário entender em qual setor a empresa em análise atua, avaliando se ela está em expansão (tecnologia, energia limpa, saúde, por exemplo) ou em consolidação (bancos tradicionais, consumo básico).
Os Indicadores Financeiros vão dizer muito sobre a saúde financeira da empresa em análise, e não pode deixar de ver o P/L (Preço/Lucro), que mede quanto o mercado está disposto a pagar por cada real ou dólar de lucro. Um P/L muito alto pode indicar sobrevalorização, e um muito baixo, pode significar uma oportunidade, ou até mesmo despertar sinais de alerta. O ROE (Retorno sobre Patrimônio) avalia a eficiência da empresa em gerar lucro com os recursos dos acionistas, e, em relação à Dívida, se for alta, obviamente há um risco maior, sendo provável que a empresa possa enfrentar dificuldades em momentos de crise.
É importante entender que, ao comprar a unidade de ação ou sua fração, você estará se tornando seu "sócio"; portanto, se não souber realmente o que está fazendo, não adquira esperando vendê-la no curtíssimo prazo, pois estará pagando taxas de corretagem e impostos desnecessários, e ainda expondo seu patrimônio a risco. Então, procure adquirir boas empresas, pensando em carregá-las na sua carteira por um longo prazo, de acordo com a sua estratégia.
Como exemplos práticos, no Brasil, temos empresas como WEG (WEGE3) e Itaú (ITUB4), que têm histórico sólido. Nos EUA, ações como Apple (AAPL) e Johnson & Johnson (JNJ) são populares por seu desempenho consistente.
2. FIIs (Fundos Imobiliários)
É importante você saber que, dentro dessa classe de ativos, há diferentes tipos: Os “Fundos de Tijolo” investem diretamente em imóveis físicos, como shopping centers, galpões logísticos ou escritórios. Os “Fundos de Papéis” aplicam em títulos do setor imobiliário, como CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários), e os Híbridos combinam tijolo e papéis, oferecendo maior diversificação.
É imprescindível você analisar o Dividend Yield, que avalia os rendimentos pagos em relação ao preço da cota. Outro fator importante é a Vacância e a Solvência dos imóveis que compõem o portfólio, pois, se os imóveis estão sem inquilinos ou se esses não pagam os alugueis corretamente, isso pode prejudicar os rendimentos - e até o futuro - desse fundo.
O Setor em que se encontra o Fundo Imobiliário também é um dado importante, pois isso vai revelar suas vantagens e desvantagens. Fundos de galpões logísticos, por exemplo, cresceram com o avanço do e-commerce; os do agronegócio estão no setor de maior geração de riqueza na economia brasileira; os de shopping centers geralmente têm baixa vacância; etc.
3. REITs (Real Estate Investment Trusts)
Os REITs, disponíveis no mercado internacional permitem investir em imóveis de alta qualidade global, como shopping centers nos EUA, ou até em hospitais no Japão. Eles têm características semelhantes aos FIIs, mas com exposição ao mercado internacional.
Ao escolher um REIT, você deve analisar a Região onde ele se encontra, a localização dos imóveis e o potencial econômico das áreas. É comum REITs americanos possuírem imóveis em outros países, até mesmo no Brasil, como é o caso do Prologis (PLD).
Em relação ao Setor, há REITs de data centers e de imóveis residenciais, que cresceram com a digitalização e o trabalho remoto, os industriais, onde se alugam imóveis para empresas da indústria americana, de escritórios, sendo os Estados Unidos o país com o maior setor de prestação de serviços do mundo, dentre muitos outros.
Também é muito importante analisar se o REIT escolhido possui Yield Consistente, através do seu histórico de dividendos. A título de exemplo, o Realty Income (O) paga dividendos mensais confiáveis desde sua fundação, em 1969, e tem um histórico de aumento anual de dividendos, tornando-o ideal para investidores focados em renda estável.
4. ETFs (Exchange Traded Funds)
ETFs são “cestas” de empresas, geralmente ligadas a um setor econômico específico, embora isso não seja uma regra. Investir em ETFs é importante para quem busca Diversificação instantânea, pois, ao comprar um ETF, você investe em várias empresas ao mesmo tempo, gerando menor risco. Em regra, eles têm taxas menores de administração do que fundos tradicionais, e, por conta dessa gestão, não é tão necessário acompanhar as ações que o compõem, o que poupa muito tempo.
Os “queridinhos” são os ETFs de Índices, que replicam o índice do setor econômico que o ETF replica. No Brasil, o BOVA11 segue o Ibovespa, e nos EUA, o VOO segue o S&P 500, o QQQ replica as 100 maiores empresas de tecnologia, etc.
Em relação à gestão, há os de Gestão Passiva ou Ativa: ETFs passivos replicam índices; os ativos buscam superar o mercado.Para quem quer mais segurança, ETFs de renda fixa podem ser mais interessantes, pois apresentam menor volatilidade (“variação do preço”).
Conclusão
Escolher bons ativos é uma jornada que exige estudo e paciência, mas com critérios claros e um pouco de prática, você pode construir um portfólio alinhado aos seus objetivos financeiros. Este é um apanhado geral, com os dados imprescindíveis que você deve analisar ao estudar essas classes de ativos, e não uma fórmula para se fazer o valuation (precificação) deles. Lembre-se de equilibrar risco e retorno, e nunca subestime o poder da diversificação. Começando aos poucos, investindo valores iniciais menores para ganhar experiência antes de ampliar os aportes, certamente você terá lucros consistentes em seus ativos.
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