Reserva de Emergência: Seu Porto Seguro, Independente do Que Aconteça

Ter uma reserva de emergência é uma das etapas mais importantes para garantir a sua segurança financeira. Se você ainda não tem uma, está na hora de começar a construir. A reserva de emergência serve para te proteger em momentos imprevistos, como perda de emprego ou emergências médicas.

A boa notícia é que você não precisa começar com grandes quantias. Comece com pouco, mas seja consistente. A ideia é criar um fundo que te dê tranquilidade para lidar com situações imprevistas, sem que você precise recorrer ao crédito ou endividamento.

Por Que a Reserva de Emergência é Essencial?

A reserva de emergência traz tranquilidade e estabilidade financeira. Em vez de se preocupar com as contas em caso de imprevistos, você terá um fundo exclusivo para lidar com essas situações, permitindo que sua vida financeira permaneça estável. Esse tipo de reserva evita que você precise recorrer a empréstimos ou ao uso do cartão de crédito, o que, a longo prazo, ajuda a manter as finanças pessoais organizadas e saudáveis.

Os Benefícios de Ter Uma Reserva de Emergência

Ter uma reserva de emergência oferece uma paz de espírito inestimável. Com um fundo seguro, você se sente mais preparado e no controle da sua vida financeira, sabendo que poderá lidar com eventos inesperados sem precisar comprometer outras áreas do seu orçamento. Além disso, ao evitar o uso de crédito em emergências, você também evita o acúmulo de juros e dívidas, o que facilita a organização e a estabilidade financeira a longo prazo.

Como Começar a Construir a Sua Reserva

Muitas pessoas se sentem intimidadas com a ideia de criar uma reserva de emergência, achando que é necessário juntar uma grande quantia de uma só vez. No entanto, o segredo não é o quanto você poupa, mas a consistência dessa reserva. Comece com pouco, mas assuma o compromisso de poupar, com constância e frequência. Veja alguns passos práticos para você iniciar:

1. Defina um Valor Alvo

Primeiro, some todas as suas despesas do mês (não omita nenhuma, por menor que seja). Esse "mapeamento" vai ser importante até mesmo para outros exercícios encontrados aqui, então, guarde muito bem essa informação. Ela vale ouro!, Com uma planilha de gastos mensais, você poderá definir, então, o  valor alvo da sua reserva de emergência.

A recomendação geral é acumular o equivalente a seis meses de suas despesas mensais, mas tudo depende do tempo que você quer ter essa segurança. Reservas de emergências mais sólidas chegam a ser constituídas de até 12 meses das despesas, mas sempre tenha em mente que o objetivo não é acumular patrimônio, e sim se defender das eventualidades da vida. Não se trata de um investimento (muito embora a construção da sua reserva vá te disciplinar para quando, de fato, você for começar a investir). Não se preocupe se não conseguir atingir essa meta de imediato! O importante é começar, mesmo que seja com uma quantia menor.

2. Reserve Pequenas Quantias Regularmente

Não é preciso um grande montante inicial para começar. Guarde uma pequena quantia mensalmente, ou toda vez que receber sua renda extra. O segredo é a constância. Pouco a pouco, o valor da reserva crescerá, e você se sentirá mais seguro ao ver o fundo aumentando. Nessa hora, você pode perguntar: - Mas e a inflação? Ela não vai corroer o valor da minha reserva?

A resposta é: Infelizmente, sim. Mas para poder preservar o seu poder de compra, ela deve ser alocada de modo a evitar essa variável. 

3. Escolha um Lugar Seguro e Acessível para Guardar

A reserva de emergência deve estar em uma aplicação financeira segura e de fácil acesso. De nada adianta ela ser depositada em locais de grande rendimento, mas que somente sejam liberados dias após a sua solicitação.

Muitas pessoas vão torcer o nariz com essa dica, mas, se você não tiver acesso a outros meios, uma conta  poupança em bancos com agências físicas (mesmo rendendo apenas 0,5% ao mês), é muito melhor do que deixar esse valor em ações, fundos imobiliários, moedas estrangeiras, etc, que vão demandar de uma burocracia muito maior para que você tenha acesso ao seu dinheiro (veja que, nesse exemplo, nós não estamos recomendando que a reserva de emergência seja guardada em poupança, mas apenas ilustrando que ele deve estar facilmente acessível, mesmo que renda menos).

Outra boa alternativa é um fundo de renda fixa com liquidez diária, serviço que diversos bancos físicos ou digitais oferecem a seus clientes hoje em dia. Também há bancos que remuneram os clientes que deixam "dinheiro parado", pagando a partir de 90% do CDI, o que também é uma boa pedida. O objetivo é que você possa utilizar o dinheiro rapidamente se necessário, sem perder muito com taxas ou penalidades. Lembre-se: estamos falando da sua sobrevivência, do seu alimento, das contas de consumo básicas, e não faz sentido ter juntado esses valores para não poder dispor deles imediatamente.

4. Automatize as Transferências para Facilitar o Hábito de Poupar

Se possível, automatize a transferência de uma parte do seu salário para a conta da reserva. Isso facilita a criação do hábito de poupar, e evita a tentação de gastar esse dinheiro.

5. Evite Usar a Reserva Para Outros Fins

A reserva de emergência é exclusiva para situações inesperadas. Evite utilizá-la para despesas cotidianas, compras não planejadas ou para cobrir um descontrole nas despesas do mês. Discipline-se para recorrer a esse fundo apenas em casos de real necessidade.

Ela também não substitui seu plano de saúde, seguro de veículo, residencial, etc. Se puder, tenha também esses resguardos, pois a reserva de emergência existe para a sua sobrevivência em situações de adversidades imprevisíveis.

Conclusão

Construir uma reserva de emergência pode parecer desafiador no início, mas com pequenos passos e consistência é possível criar um fundo que trará segurança e tranquilidade para enfrentar os imprevistos da vida. Comece com o que você tem, mantenha-se fiel ao objetivo e, com o tempo, você sentirá o impacto positivo dessa reserva na sua vida financeira.